prevenção de LER/DORT
Avaliação do Posto de Trabalho – Ergonomia

Distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho e LER estão aumentando entre todas as profissões. Como resultado, a produtividade no local de trabalho é afetada, bem como a prevalência de absenteísmo no local de trabalho. A incidência dessas condições é considerada um grave problema de saúde e segurança no trabalho.

Em consonância com a NR 17 – Ergonomia, é necessário adequar as funções laborais às necessidades psicofisiológicas do trabalhador, a fim de proporcionar ao trabalhador segurança, saúde, conforto e alto desempenho no trabalho. Isso pode alcançar implementando diretrizes e tomando as ações apropriadas.

Um trabalhador que sofre de LER/DORT deve procurar um profissional médico para determinar a natureza de sua lesão. Isso porque outros sinais físicos frequentemente presentes em trabalhadores acidentados incluem mialgia, tendinite de punho e cotovelo, lombalgia e dores musculares em diferentes partes do corpo.

Tanto para a saúde do trabalhador quanto para as finanças da empresa, é fundamental entender as LER/DORT no ambiente de trabalho. Isso porque o entendimento das LER/DORT ajuda a avaliar as repercussões dessa condição, estabelecer tratamentos específicos e planejar medidas preventivas. Confira abaixo mais informações!

Estatística das Lesões de LER-DORT

Relatórios do Brasil mostram que mais de 103.000 casos de LER/DORT — problemas de saúde ocupacional que ocorrem em trabalhadores entre 30 e 59 anos — foram notificados entre 2007 e 2021. As mulheres relataram 52,1% das notificações, e os problemas de saúde ocupacional são mais propensos a ocorrem em trabalhadores com baixa escolaridade.

As LER/DORT são muitas vezes causadas por fatores de risco físicos, organizacionais, ergonômicos e psicossociais do trabalhador, como a necessidade de levantar e carregar peso, posturas estáticas, radiação, temperatura, vibrações e ruídos. Outros fatores incluem ritmo de trabalho, horas trabalhadas, demanda e organização.

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta que, no Brasil, o número de benefícios acidentários concedidos pelo INSS aumentou em 2021 e voltou a crescer – de 40.117 em 2020 para 93.820 em 2021, um aumento de 234%, devido ao afastamento benefícios previdenciários acidentais por lesões graves, como fraturas, amputações, feridas, traumas e luxações.

Observa-se ainda que no que diz respeito às doenças no trabalho, o número de afastamentos por doenças osteo musculares e do tecido conjuntivo, incluindo LER/DORT, aumentou 192%, ou seja, de 16.211 para 31.167 casos, no mesmo período de 2020 para 2021.

Prevenção das Lesões LER/DORT

Uma vez que os acidentes de trabalho relacionados a LER/DORT resultam do aumento das demandas sobre o corpo, é importante considerar medidas preventivas ao investigar uma aflição. As pessoas que lidam com essas questões geralmente enfrentam outras questões socioeconômicas e sociais que também as afetam. Isso requer considerar múltiplos fatores de risco e dados relativos aos profissionais de saúde ocupacional e engenharia do trabalho.

É importante que os profissionais façam “visitas ao local com foco na avaliação das condições de trabalho, atualização dos postos de trabalho e adaptação de tarefas” antes do retorno ao trabalho. Isso os ajuda a evitar mais lesões ou tempo adicional longe do trabalho.

Para evitar acidentes de trabalho, os colaboradores devem adotar medidas como implementar procedimentos administrativos, elaborar um Guia Prático de Prevenção de LER/DORT e utilizar equipamentos que melhorem a estrutura física do ambiente de trabalho. Eles também podem tornar os locais de trabalho mais ergonômicos, usando equipamentos adequados às características físicas.

Destaque da Prevenção de LER/DORT

Dentre as indicações para prevenção de LER/DORT que podem ser extraídas da NR 17, destacam-se:

  • Realizar Análise Ergonômica do Trabalho – AET, dados que podem estar sendo utilizados para identificação de fatores de perigo e avaliação de riscos necessários para o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR);
  • Mudanças na organização do trabalho, promovendo a conscientização da gestão sobre a importância da participação dos trabalhadores nas decisões sobre os objetivos da produção e formas de controle e fiscalização do trabalho.
  • Alternância de tarefas e rotação entre postos de trabalho, visando diminuir a monotonia e diversificar os grupos musculares solicitados durante a atividade laboral;
  • Organização do trabalho considerando padrões de produção, processo produtivo, exigência de tempo, ritmo de trabalho e aspectos cognitivos que comprometam a segurança e a saúde do trabalhador;
  • Redução da jornada de trabalho, principalmente para atividades laborais de difícil modificação dos fatores de risco;
  • Adequação de móveis, equipamentos, ferramentas e aparelhos às características psicofisiológicas do trabalhador;
  • Introdução de pausas de descanso para recuperar as estruturas anatômicas solicitadas. Para trabalhadores com atividades de call center/telemarketing, a NR 17 estabelece serem necessárias pausas em dois períodos de 10 minutos e após o primeiro e antes dos últimos 60 minutos de trabalho;
  • Inserir a ginástica laboral (GL) como intervenção com exercícios físicos específicos para funcionários desenvolvidos no ambiente de trabalho;

Impactos das Lesões Osteo musculares: LER / DORT

O grande número de trabalhadores acometidos deve-se ao fato de as LER/DORT estarem cada vez mais associadas a fatores sociais, familiares, econômicos, estresse e insatisfação.

Em muitos casos, são situações em que os trabalhadores não se envolvem com a realização de trabalhos repetitivos como se imaginava anteriormente, principalmente com trabalhadores que trabalhavam em indústrias.

O adoecimento dos trabalhadores da indústria por lesões musculoesqueléticas gera um impacto crítico, pois indica que existem fatores de riscos ocupacionais no ambiente de trabalho, inclusive afetando os trabalhadores que estão presentes no local de trabalho.

Podemos sitar de exemplo, a sobrecarga, redução da produtividade, gera impacto econômico e reduz a qualidade industrial.

Para a European Agency for Safety and Health at Work (OSHA-EU), os fatores de risco incluem categorias que os profissionais da área de SST devem conhecer para evitar acidentes e doenças relacionadas ao trabalho e, consequentemente, faltas e absenteísmo do trabalhador.

Fatores de risco organizacionais e psicossociais caracterizados por:

  • Alta exigência de trabalho e pouca autonomia do trabalhador;
  • Ausência de pausas ou oportunidades de mudança de postura de trabalho;
  • Trabalhando em ritmo acelerado, inclusive como resultado da introdução de novas tecnologias;
  • Longas jornadas de trabalho ou turnos;
  • Intimidação, assédio e discriminação no local de trabalho;
  • Pouca satisfação no trabalho.

Fatores de risco físicos e biomecânicos podem incluir:

  • Movimentação de cargas, principalmente quando esta induz movimentos de torção e flexão;
  • Movimentos repetitivos ou extenuantes;
  • Posturas incorretas e estáticas;
  • Ambientes com pouca iluminação ou baixas temperaturas e exposição a vibrações;
  • Trabalho em ritmo acelerado;
  • Ficar em pé ou sentado na mesma posição por muito tempo.

Conclusão – Lesões de LER/DORT

Assim, quando os fatores de risco estão presentes no ambiente de trabalho, a capacidade dos trabalhadores é comprometida de forma temporária ou permanente.

Além disso, faz com que o trabalhador se afaste para tratamento profissional, situação que requer afastamento do trabalho para uma adequada recuperação ou reabilitação.

Portanto, o Plano de Prevenção de Lesões LER/DORT também pode ser complementado com treinamentos específicos para trabalhadores, Diálogos de Segurança do Trabalho (DSD).

A realização de vistorias no ambiente de trabalho, avaliação de riscos ocupacionais e investigação de lesões e acidentes de trabalho registrados com os trabalhadores.

Saiba Mais:

Esforço Excessivo – Ergonomia – DDS

Avaliação do Posto de Trabalho – Ergonomia

Fonte: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ler_dort.pdf

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